Novo artigo na Self. Maria de Magdala: o resgate do feminino e a função transcendente
Por Adriane Bacarim
Este trabalho relaciona a passagem de Maria de Magdala no Novo Testamento, ao despertar do si-mesmo, após vivenciar estágios egoicos dolorosos e o resgate do feminino na visão da psicologia analítica. Para tanto, foram delimitados os seguintes conceitos: o feminino e a misoginia; anima e animus; aspectos da sombra; e, por fim, a função transcendente. Foi possível descrever os momentos da história pessoal da personagem, alguns aspectos históricos, o modo como vivia o povo de Magdala, a cultura, as leis, os costumes e a interpretação dos símbolos que a passagem traz. Identificaram-se alguns arquétipos relacionados ao comportamento da mulher e a projeção social que perdura ainda hoje, bem como os aspectos da anima e animus e a projeção desses opostos, representados pela violência e discriminação contra a mulher. Identifica-se, desse modo, que o encontro da personalidade Maria com Jesus (representação do Self), permitiu que refizesse sua trajetória e concluir que a direção das atitudes da personagem a partir do encontro com Jesus e o resgate do feminino, a transformou para sempre, servindo-nos como um grande exemplo de lapidação do si-mesmo que visa o despertar da Grande Personalidade dentro de cada um de nós.