ARTIGO DE REFLEXÃO
DOI:10.21901/2448-3060/self-2016.vol01.0003

 

O clamor de Maria

 

The cry of Maria

 

El clamor de María

 

 

Dulce Helena Rizzardo BRIZA

São Paulo, SP, Brasil

 

 


RESUMO

O desastre ambiental do vazamento de lama com rejeitos de mineração ocorrido em Mariana (MG) pode ser visto como expressão da putrefactio (putrefação) existente em relação à ética e aos valores do povo brasileiro. O acidente aconteceu em uma cidade com um nome feminino, na qual aspectos represados e ignorados da alma brasileira irromperam em forma de lama. Este artigo analisa o acontecimento e propõe um convite para que a sociedade utilize o barro a fim de dar forma a uma nova consciência. Maria não pode ser ignorada. Por meio do estudo de nossa história, nossa mitologia, no confronto com a sombra, no contato com nosso inconsciente coletivo, com o auxílio da anima, tem-se a chance da redescoberta de nossa identidade e de nosso destino.

Descritores: alma, feminilidade, inconsciente, ambiente, ética.


ABSTRACT

The environmental disaster occurred in Mariana (MG) and produced as a result of a mudslide of mining waste can be seen as an expression of the putrefactio (putrefaction) existing in relation to the ethics and values of the Brazilian people. The accident happened in a city with a female name, in which repressed and ignored aspects of the Brazilian soul broke out in the form of mud. This article analyzes the event and proposes an invitation for society to use the clay to shape a new consciousness. Maria cannot be ignored. Through the study of our history, our mythology, in the confrontation with the shadow, in the contact with our collective unconscious, with the help of the anima, we might rediscover our identity and our destiny.

Descriptors: soul, femininity, unconscious, environment, ethics.


RESUMEN

El desastre ambiental producido por una avalancha de lodo conteniendo residuos mineros acontecido en Mariana (MG) puede ser visto como una expresión de la putrefactio (putrefacción) existente en relación a la ética y a los valores del pueblo brasileño. El accidente ocurrió en una ciudad con nombre de mujer, en la que aspectos reprimidos e ignorados del alma brasileña estallaron en forma de lodo. Este artículo analiza este acontecimiento y hace una invitación a la sociedad a usar el lodo para dar forma a una nueva conciencia. María no puede ser ignorada. A través del estudio de nuestra historia, nuestra mitología, en la confrontación con la sombra, en el contacto con nuestro inconsciente colectivo, con la ayuda del anima, existe la posibilidad de que redescubramos nuestra identidad y nuestro destino.

Descriptores: alma, feminidad, inconciente, ambiente, ética.


 

 

Introdução

Em 5 de novembro de 2015 aconteceu o que foi considerado o pior desastre ambiental do Brasil e o maior acidente mundial de barragens: o rompimento da barragem do Fundão em Mariana (MG), que fez com que o distrito de Bento Rodrigues submergisse sob um mar de lama e de dejetos das minas e que afetou também os distritos de Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras. A lama cheia de rejeitos tingiu as águas do Rio Doce, chegando até o oceano, atingindo a cidade de Barra Longa e mais de 40 municípios do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo. Este acidente deixou uma pessoa desaparecida e 18 mortas, ocasionando a destruição da fauna e da flora, das moradias, dos sonhos e da tranquilidade dos habitantes do local.

Estudos consideram a possibilidade de um novo rompimento das barragens que ainda estão em pé e a mineradora responsável afirma que está trabalhando para reforçar os reservatórios remanescentes.

Esses acidentes nos remetem ao "tsunami de lama" (Marques, 2016) que temos acompanhado em relação à putrefactio (putrefação), o encontro com a sombra, existente quanto à ética do povo brasileiro. Impotentes, assistimos aos resultados e notícias de investigações a respeito da corrupção em nosso país. Executivos, donos e dirigentes de empreiteiras são presos. A Petrobrás foi sugada e suas ações despencaram. Há corruptos e corruptores, promiscuidade entre políticos e empresários, a inflação domina o cenário. Estamos vivendo um momento de crise, uma depressão social e econômica, com reflexos evidentes sobre as áreas da educação e da saúde. Pessoas estão morrendo sem auxílio hospitalar e temos vergonha quando vemos as filas desumanas e as precárias condições dos hospitais e postos de atendimento. A população sofre com a ocorrência da microcefalia em áreas com a proliferação do Zika vírus.

Enfim, estamos assolados por um mar de lama com dejetos mortais. Narciso não consegue mais olhar seu rosto refletido nas águas porque estas estão enlameadas. Assim, é preciso que façamos a abolição da egolatria. Não podemos mais nos dissolver nas águas devido ao isolamento e ao fascínio de nós mesmos. É preciso que nos comprometamos com a humanidade, a solidariedade, a dignidade, a elegância e a ética. Não com o utilitarismo, a ganância, a especulação, a malandragem, a mentalidade de povo colonizado, o jeitinho, a especulação, a esperteza em seu sentido negativo.

Os aspectos femininos da alma individual e coletiva

A explosão da lama aconteceu em Mariana. Em Maria explodiu a lama. Qual seria o significado de tudo isso?

Podemos arriscar algumas reflexões e para isso recorremos aos aspectos do feminino de nossa alma individual e coletiva. James Hillman (1984) em seu livro "O mito da Análise" aponta que só nos livraremos da repressão e da neurose quando tivermos resolvido com sucesso o repúdio da feminilidade. Que aspectos do feminino represados irromperam em forma de lama?

A anima é o arquétipo da vida, como Jung coloca, e desempenha papel importante no inconsciente do homem. Tudo que é tocado por ela se torna numinoso, perigoso, mágico. É, portanto, um arquétipo poderoso que reclama por ser considerado. As forças instintivas, se não forem levadas em conta, se revoltam quando seu aspecto fascinante é desprezado. Ela também é representante daquilo que o homem não sabe lidar e do inconsciente coletivo.

Jung (2000) afirma também que em estado de possessão a anima perde seu encanto e valores, fica medíocre, perdendo também a ligação com o inconsciente. "Voltada para fora, a anima é volúvel, desmedida, caprichosa, descontrolada, emocional e às vezes demoniacamente intuitiva, indelicada, perversa, mentirosa, bruxa e mística." (p. 129; OC IX/1: 223) Tem um considerável poder possessivo, provoca fascínio. Como podemos perceber, o inconsciente tem uma qualidade feminina. (Jung, 2000, p. 175; OC IX/1: 294)

Lembremos que a função do arquétipo é compensar as unilateralidades da consciência. Assim também a integração da sombra pode provocar uma mudança na personalidade.

A sombra integrada, servindo de recurso para iluminarmos nossa consciência coletiva na nigredo alquímica, a putrefactio, é um pré-requisito para o renascimento. O barro, material primordial do qual nossa cultura ocidental revela que o homem foi criado, tem também seu lado sombrio quando o atribuímos à degradação, processo onde nos deparamos com a corrupção e a deterioração, mas que também pode ser transformado, em uma sucessão de mudanças, em uma evolução mais numinosa, que busca novas formas, novas medidas em direção à saúde.

Estamos envolvidos em uma lama que pode tanto dar forma a indivíduos esclarecidos, cidadãos cuidadosos, pessoas e governos éticos, como pode nos destruir por meio da corrupção, da esperteza, do desemprego, da fome, da criminalidade, da vulgarização da alma e da vergonha.

No presente caso, poderíamos refletir como a explosão de lama nos ajudaria a construir um Brasil melhor. A lama, usada como material para dar forma ao novo; a nigredo transmutada para chegar ao albedo, ou seja, à purificação.

A lama invadiu as águas do Rio Doce, que desaguou no oceano. Temos a oportunidade de unir os opostos a favor do desenvolvimento de nossa consciência.

Como diz Jung (1990, p. 28; OC XII: 18), "o significado unívoco é um sinal de fraqueza... só o paradoxal é capaz de abranger aproximadamente a plenitude da vida. A univocidade e a não contradição são unilaterais e, portanto, não se prestam para exprimir o inalcançável.".

Lama, sombra inundando o distrito e se misturando com a água do rio e do oceano. Como é que isso toca a nossa alma? Qual o sentido desse paradoxo? Se não aceitarmos a experiência dos opostos, como poderemos experienciar a totalidade? Lembremo-nos que o Self se constitui da união dos opostos e que é ao mesmo tempo conflito e unidade. Qual é o destino que nosso Self cultural pode apontar para que saiamos dessa situação de nigredo?

Destacamos aqui o feminino ferido que irrompe de forma violenta, com a lama expressando sua revolta. A revolta contra a corrupção e a impunidade, o medo do desemprego, da fome e do abandono. Daí, o clamor de Maria. Tudo isso nos convida a olhar para nossas raízes que, pelo desrespeito, foram tragadas para o inconsciente. E também rever nossa história e nossa cultura para melhor entender o que se passa com a alma mutilada do brasileiro. Por meio do estudo de nossa mitologia, no confronto com a sombra, no contato com nosso inconsciente coletivo, representado pela anima, poderemos redescobrir nossa identidade e nosso destino (Briza, 2006).

Decepção, rancor, raiva, rejeição, distorção, humores, depressão, inflação, irresponsabilidade: em Mariana, a anima se manifestou da maneira mais hostil. Precisamos dar força a ela, como mediadora do desconhecido. Caso contrário, sofreremos desastres. Não é à toa que várias catástrofes da natureza têm nome de mulheres. Por exemplo, os furacões Linda, Patrícia, Katrina. Segundo artigo publicado no site da BBC Brasil (2015), de acordo com pesquisadores da Universidade de Illinois, os furacões com nomes femininos matam mais pessoas do que aqueles com nomes masculinos porque costumam serem levados menos a sério e, como consequência, há menos preparação para enfrentá-los. E ainda: um estudo divulgado pela publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences (2014) afirmou que cada furacão com nome masculino causa, em média, 15 mortes, enquanto os de nomes femininos podem chegar a 42 óbitos.

De várias formas, percebemos que o lado feminino, a anima, precisa ser levado a sério. É necessário resgatá-lo por meio da ressurreição, do que virá depois da catástrofe, da transformação da nigredo em albedo, da purificação e da união de todas as cores. Fazer com que a lama dê formato a uma nova consciência.

Lembremos que os mitos falam de nosso caráter nacional, de nossa origem e sobrevivência.

A santa das águas barrentas e outras manifestações femininas

Podemos mencionar aqui Nossa Senhora, que emergiu em Porto Iguaçu em 17 de julho de 1717, período em que os bandeirantes adentravam no interior em busca do ouro e das pedras preciosas.

Os pescadores João Alves, Domingos e Felipe estavam muito desanimados por não conseguirem pescar seu sustento. João pegou uma santa sem cabeça, coberta de lama e musgo, que havia se enroscado na rede. Pouco depois veio uma cabeça. Surgiu assim a Santa Aparecida das águas barrentas do Rio Paraíba (Penna, 2009).

Quando amanheceu, as redes se encheram de peixes. Veio a abundância. Silvana, a mãe de João, colou a cabeça no corpo da santa com cera de abelha e, em 1946, as duas partes foram unidas com um pino de ouro, surgindo o mito de Aparecida. Ela trouxe a compaixão, a profundidade, a vida do inconsciente e a misericórdia que faltava na psique do povo.

Resgatar o corpo e a cabeça e encaixá-los simboliza também nosso esforço heroico do processo de individuação. Corrige o feminino mutilado, que pode assim dar vida ao amor e à solidariedade. Assim, Aparecida encontrada coberta de musgo e lama representaria esse princípio feminino (Maria) que traz energia e consistência a nossa pátria.

Se considerarmos o Estado como "cabeça", talvez possamos olhar a catástrofe de Mariana como uma oportunidade de rever nossos valores, incorporar o lado positivo do feminino e estabelecer uma nova consciência, de novos padrões éticos, tanto individuais como coletivos (combate à corrupção e ao jeitinho brasileiro). Assim Aparecida tomará a frente da mula sem cabeça em todos os setores.

Considerando o povo como corpo, podemos perceber como esse princípio poderá também nos ajudar na união desses dois elementos.

O surgimento de Aparecida trouxe fertilidade e riqueza. Dessa forma poderemos enriquecer nossa nação com a regeneração de uma ferida ancestral. Em nosso imaginário, entre outras figuras mutiladas, temos a mula sem cabeça, a mulher do padre, que pode ser interpretada como a anima castrada e castradora dos nossos colonizadores, também representando a falta de consciência, a cegueira, a falta de valores éticos dos que desembarcaram e colonizaram nossa terra. Estes perderam a cabeça e ficaram enlouquecidos pelo abuso de poder e pela ganância cega. Isso perdura até hoje. O atual Papa Francisco (2016, p.117) lançou uma obra intitulada "O nome de Deus é misericórdia", onde afirma que "a corrupção é o pecado que, em vez de ser reconhecido como tal e nos tornar mais humildes, se tornou sistema [...], uma forma de vida". Vida perversa.

Da vertente africana da colonização brasileira surgiu a figura de Nanã, a mãe dos orixás, ligada à vida e à morte, à saúde, à maternidade e à fertilidade. Senhora dos mangues, das chuvas, do pântano, da lama.

Foi ela quem deu a Oxalá o barro do fundo da lagoa onde morava, do qual seu marido modelou o homem que, com o sopro de Olorum, caminhou.

Esse orixá auxilia as transições difíceis da vida, podendo trazer tanto a riqueza como a miséria. Tem como atributo a energia positiva, receptiva e libertadora, propiciando o esquecimento do passado, para que nos direcionemos para o futuro, com consciência e clareza. Ora é perigosa e vingativa, ora doce e acolhedora. Sua terra se transforma em lama, da qual nascemos e morremos. É a "Grande Mãe", de onde tudo nasce e para onde tudo retorna. Dona da sabedoria e da justiça que vem da natureza, age rigorosamente, oferece segurança, porém, não aceita traição. No sincretismo religioso corresponde a Sant'Ana, mãe de Maria. Mais uma vez constatamos aqui o poder da lama, como destruição, mas também como possibilidade de dar lugar a uma nova forma, uma regeneração, pelo sacrifício que propiciará uma transformação e integração do mundo primitivo, caótico, inconsciente, para a iluminação da consciência.

Segundo a transcrição de textos sagrados, o anjo Gabriel anunciou a Maria de Nazaré que ela seria a mãe do filho de Deus (Alvarez, 2015). Ela foi escolhida, não escolheu, mas aceitou a missão. Permaneceu ao lado de Cristo durante a crucificação e, apesar de ter o coração dilacerado, entendeu o significado daquele sacrifício sem um aceno de impedimento. Está aí sua grandeza e também seu sacrifício: renúncia e alma imolada. Após a morte e ressurreição de Jesus, não foi atrás de segurança e refúgio em sua casa na Galileia, mas permaneceu entre os apóstolos e as mulheres de sua comunidade. Foram construídos os primeiros pilares das suas igrejas. Calcula-se que tenha morrido por volta dos 59 anos e a tradição defende que foi para Éfeso acompanhada do apóstolo João, onde faleceu em uma casinha de pedra. Só muitos anos depois de sua morte e assunção, ela reapareceu sendo reconhecida como Nossa Senhora ou a Mãe de Deus. A ela foram atribuídos muitos milagres.

 

Palavras finais

Morte, lama, desolação, sacrifício, fé, milagre, mistério, desespero, esperança, renascimento, vida. A lama de Mariana nos convida a repensar o Brasil com o olhar de Maria, de amor e compaixão.

Este olhar exige de nós uma nova postura. Não podemos nos alienar da alma individual e da coletiva. Precisamos encarar o irracional, a sombra, transformando a libido da inconsciência e da inconsequência em uma renovação da consciência, do respeito, da ética, de uma forma criativa.

Aparecida e Nanã nos sugerem que para termos fertilidade precisamos juntar as partes do nosso corpo individual e coletivo, em um trabalho de transformação da alma e de respeito ao feminino, à anima, fenômeno da vida, que experimenta o mistério e faz a conexão com o Self.

Por meio da reflexão e da introspecção, poderemos decidir o que vamos ser daqui para frente, respeitando nossas raízes e aprimorando nossos valores. Nosso ato de escolha ultrapassa o pensamento científico e nasce também da intuição, do sentimento, da vivência.

Que o clamor de Maria seja um convite para a transformação da nigredo em albedo, em uma opus (obra) sagrada, respeitando os paradoxos, provocando as mudanças necessárias em direção a uma nação mais saudável e próspera, em uma tentativa de coniunctio, união.

Que da lama consigamos colher a flor de lótus, flor do renascimento, da energia, da fertilidade, do esclarecimento, da elegância, da pureza, da totalidade e da graça.

Que possamos entrar em contato com o inconsciente coletivo, buscando nas redes lançadas uma imagem de fé no polo feminino e um atendimento às suas necessidades. Não sejamos negligentes e reconheçamos Maria.

Salvemos Maria!

 

Referências

Alvarez, R. (2015). Maria. São Paulo: Editora Globo.

BBC Brasil. (2015, 24 de outubro). Como os furacões são nomeados. BBC Brasil. Recuperado em 22 de abril de 2016, de http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151023_nomes_furacoes_cc

Briza, D. H. R. (2006). A mutilação da alma brasileira: um estudo arquetípico. São Paulo: Vetor Editora.

Francisco, Papa. (2016). O nome de Deus é misericórdia. São Paulo: Planeta do Brasil.

Hillman, J. (1984). O mito da análise. São Paulo: Paz e Terra.

Jung K., Shavitt S., Viswanathan M. & Hilbe, J. M. (2014, June 17). Female hurricanes are deadlier than male hurricanes. Proceedings of the National Academy of Sciences USA, 111(24), 8782-8787, doi: 10.1073/pnas.1402786111. Recuperado em 09 de março de 2016, de http://www.pnas.org/content/111/24/8782.long

Jung, C. G. (1990). Psicologia e alquimia. In Obras Completas (Vol. XII). Petrópolis, RJ: Editora Vozes.

Jung, C. G. (2000). Os arquétipos e o inconsciente coletivo. In Obras Completas (Vol. IX/1). Petrópolis, RJ: Editora Vozes.

Marques, J. (2016, 21 de janeiro). "Tsunami de lama" pode ser pior com ruptura de novas barragens. Folha de S.Paulo. p. B1.

Penna, l. (2009). Aparecida do Brasil - a madona negra da abundância. São Paulo: Editora Paulus.

Silva, C. (2016, 09 de março). Quatro meses depois, bombeiros encontram penúltima vítima da tragédia em Mariana. Estado de Minas. Recuperado em 21 de abril de 2016, de http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/03/09/interna_gerais,741838/quatro-meses-depois-bombeiros-encontram-penultima-vitima-da-tragedia.shtml

 

 

Recebido: 03 mar 2016
1a revisão: 15 mar 2016
Aprovado: 29 mar 2016
Aprovado para publicação: 03 maio 2016

 

 

Minicurrículo: Dulce Helena Rizzardo Briza - Membro didata da Associação Junguiana do Brasil (AJB), da International Association for Analytical Psychology (IAAP), presidente do Instituto Junguiano de São Paulo (IJUSP). Membro fundadora do Instituto Junguiano do Paraná (IJPR) e do Instituto de Psicologia Analítica de Campinas (IPAC). Coordenadora da Comissão de Ética e do Núcleo "Alma Brasileira" do IJUSP. Autora do livro "A Mutilação da alma brasileira: um estudo arquetípico" e coautora do livro "Puer e Senex: dinâmicas relacionais". E-mail: brizadhr@uol.com.br.
Conflito de Interesses: A autora declara não haver nenhum interesse profissional ou pessoal que possa gerar conflito de interesses em relação a este manuscrito.