Perspectivas feministas

anima/animus, gêneros e sexualidades dissidentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21901/2448-3060/self-2025.vol-10.211

Palavras-chave:

gênero, sexualidade, feminismo, Jung, Carl Gustav, 1875-1961

Resumo

Os enfoques junguianos e pós-junguianos sobre sexualidades e gêneros dissidentes têm se transformado à medida que analistas e pesquisadores se deparam com as produções epistemológicas dos movimentos feministas e LGBTTQIAP+, que desafiam as perspectivas cisheteronormativas. Essas mudanças acompanham a evolução da psicologia como campo de conhecimento, que se altera em resposta a essas influências. Este artigo visou demonstrar a necessidade de ampliar os pressupostos clássicos junguianos, convidando o leitor a examinar produções contemporâneas e, ainda mais importante, a reconhecer as manifestações intelectuais de LGBTTQIAP+ e das mulheres sobre suas próprias experiências. O artigo está estruturado em três partes em que se apresenta uma cronologia das publicações consideradas referências chave nos estudos junguianos e nas pesquisas feministas sobre sexualidade e gênero. Essa cronologia foi elaborada pela autora e não resulta de uma revisão sistemática. Por fim, é evidente que a psicologia analítica não avançará enquanto defensores de uma perspectiva conservadora recusarem-se a reimaginar a teoria.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Julia Péret, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – EBMSP. Salvador/BA, Brasil

Mestrado em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia – UFBA. Professora Assistente da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Arteterapeuta pelo Instituto Junguiano da Bahia. Psicóloga Clínica e pesquisadora nas áreas de gênero, sexualidades, feminismos e complexos culturais

Referências

Aufranc, A. L. B. (2018). Expressões da sexualidade: um olhar junguiano. Junguiana, 36(1), 37-48. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-08252018000100007&lng=pt&nrm=iso.

Beauvoir, S. (1970). O segundo sexo: fatos e mitos (4a ed.). Difusão Europeia do Livro.

Butler, J. (2022). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade (23a ed.). Civilização Brasileira. (Trabalho original publicado em 1990).

Colling, L. (2018). Gênero e sexualidade na atualidade. UFBA.

Davis, A. (2016). Mulheres, raça e classe. Boitempo.

Goldenberg, N. R. (1976). A feminist critique of Jung. Signs, 2(2), 443-449. Recuperado de https://www.jstor.org/stable/3173460. DOI: https://doi.org/10.1086/493369

Hillman, J. (2020). Anima: a psicologia arquetípica do lado feminino da alma no homem e sua interioridade na mulher (2a ed.). Cultrix. (Trabalho original publicado em 1985).

Hopcke, R. H. (1993). Jung, junguianos e a homossexualidade. Siciliano. (Trabalho original publicado em 1989).

Jung, C. G. (2013). Tipos psicológicos (OC, Vol. 6, 7a ed.). Vozes. (Trabalho original publicado em 1949).

Jung, C. G. (2015). O eu e o inconsciente (OC, Vol. 7/2, 27a ed.). Vozes. (Trabalho original publicado em 1928).

Jung, C. G. (2016). Estudos alquímicos (OC, Vol. 13). Vozes. (Trabalho original publicado em 1930).

Jung, C. G. (2016). Os arquétipos e o inconsciente coletivo (OC, Vol. 9/1). Vozes. (Trabalho original publicado em 1934).

Jung, C. G. (2019). A mulher na Europa. In C. G. Jung, Aspectos do feminino (pp.89-115). Vozes. (Trabalho original publicado em 1927).

Jung, C. G. (2019). Aspectos do feminino. Vozes. (Trabalho original publicado em 1927).

Jung, E. (2006). Animus e anima. Cultrix. (Trabalho original publicado em 1931).

Kilomba, G. (2019). Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Cobogó.

Kulkarni, C. (1997). Lesbians and lesbianisms: a post-Jungian perspective. Routledge.

Kulkarni, C. (2017). Queer theory meets Jung. In N. Giffney, E. Watson, Clinical encounters in sexuality: psychoanalytic practice and queer theory (pp. 245-259). Punctum Books. https://doi.org/10.21983/P3.0167.1.00. DOI: https://doi.org/10.21983/P3.0167.1.13

Louro, G. L. (1997). Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Vozes.

McKenzie, S. (2006). Queering gender: anima/animus and the paradigm of emergence. Journal of Analytical Psychology, 51(3), 401-421. https://doi.org/10.1111/j.0021-8774.2006.00599.x. DOI: https://doi.org/10.1111/j.0021-8774.2006.00599.x

Moreira, A. (2015). Compreensão arquetípica da homossexualidade. Junguiana, 33(1), 13-21.

Nascimento, L. (2021). Transfeminismo. Jandaíra.

Nogueira, C. (2017). Interseccionalidade e psicologia feminista. Devires.

Oyěwùmí, O. (2021). A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Bazar do tempo. (Trabalho original publicado em 1997).

Rowland, S. (2024) Jung: uma revisão feminista. Vozes. (Trabalho original publicado em 2002).

Rubin, G. (1993). O tráfico de mulheres: notas sobre a economia política do sexo. SOS Corpo. Recuperado de https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1740519/mod_resource/content/1/Gayle%20Rubin_trafico_texto%20traduzido%20%286%29.pdf. (Trabalho original publicado em 1975).

Samuels, A. (1992). A psique plural: personalidade, moralidade e o pai. Imago.

Scott, J. (1989). Gender: a useful category of historical analysis. The American Historical Review, 91(5), 1053-1075. https://doi.org/10.2307/1864376. DOI: https://doi.org/10.1086/ahr/91.5.1053

Singer, J. (1990). Androgenia: rumo a uma nova teoria da sexualidade. Cultrix. (Trabalho original publicado em 1976).

Vergueiro, V. (2015). Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade [Dissertação de Mestrado não publicadas]. Universidade Federal da Bahia.

Wittig, M. (1992). The straight mind and other essays. Beacon.

Ximenez, L. (2024). Ainda há espaço para o animus na clínica junguiana?. In I. Gaeta (Org.). A clínica junguiana no século XXI: Jung hoje. Stacchini Editorial.

Young-Eisendrath, P. (2002). Gênero e contra-sexualidade: a contribuição de Jung e além. In P. Young-Eisendrath, T. Dawson (Orgs.). Manual de Cambridge para estudos junguianos. Artmed.

Young-Eisendrath, P. (1995). Bruxas e heróis: uma abordagem feminista na terapia junguiana de casais. Summus.

Downloads

Publicado

28-05-2025

Como Citar

Péret, J. (2025). Perspectivas feministas: anima/animus, gêneros e sexualidades dissidentes. Self - Revista Do Instituto Junguiano De São Paulo, 10, e004. https://doi.org/10.21901/2448-3060/self-2025.vol-10.211

Edição

Seção

Artigo de reflexão (ensaio)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.