Violência psicológica na família e a manifestação do complexo de bode expiatório
DOI:
https://doi.org/10.21901/2448-3060/self-2017.vol02.0008Palavras-chave:
violência na família, complexo, psicologia junguiana, bode expiatório.Resumo
A temática do bode expiatório, na abordagem psicológica, é terreno riquíssimo e elucidativo de uma série de fenômenos observados no cotidiano dos consultórios. Este trabalho foi desenvolvido a partir da compreensão dos primeiros passos da construção da personalidade humana, por meio do estudo das representações da criança na família, desde os primórdios da história, analisando como a atenção dispensada a ela pelos adultos atua na sua psique quando ela chega à idade adulta. A exposição a fatores que influenciaram as famílias na maneira como elas têm visto as crianças ao longo dos séculos é um dado ontológico assimilado pelo inconsciente coletivo, criando um registro no psiquismo, nomeado por sua vez como arquétipo pela psicologia analítica. A questão apresentada neste artigo busca apontar as origens daquilo que hoje é identificado como o complexo do bode expiatório, que tem como base o arquétipo do bode expiatório. O propósito de relacionar o tema à violência psicológica é uma provocação, com o objetivo de levar o leitor a refletir sobre o produto de tal associação. O filme "Gente como a Gente" (Ordinary people) é usado para articular, simbolicamente, a ocorrência do fenômeno do bode expiatório na família.
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