Hades
a morte como processo de transformação e renascimento na perspectiva da psicologia analítica
DOI:
https://doi.org/10.21901/2448-3060/self-2023.vol8.188Palavras-chave:
morte, psicologia junguiana, psicoterapia analítica, mitologia gregaResumo
Este artigo teve como objetivo compreender o papel da morte no desenvolvimento da personalidade a partir da perspectiva da psicologia analítica. O tema tem grande relevância para a psicologia, pois a morte promove a vivência do enlutamento. Não é possível elaborar o luto sem visitar as imagens de morte e do morrer tanto do ponto de vista da sociedade quanto dos indivíduos. A fim de delimitar o estudo do tema, devido às amplas possibilidades de associações culturais, imaginais, históricas, sociais e psicológicas, optamos por apresentar a morte e seu imaginário a partir da figura mítica grega de Hades. Isso porque a mítica grega foi amplamente explorada por C. G. Jung na elaboração de sua teoria psicológica do desenvolvimento da personalidade. Jung considera o mito uma forma autônoma de pensamento e de organização cognitiva do mundo. Por sua capacidade imaginal, a humanidade criou imagens cifradas que tratam de pontos delicados da existência humana.
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