Brasil
lost in translation
DOI:
https://doi.org/10.21901/2448-3060/self-2020.vol05.0007Palavras-chave:
Psicologia analítica, literatura brasileira, alteridadeResumo
Este trabalho teve por objetivo apresentar uma crítica descolonial, por meio da psicologia analítica, usando como principais aportes teóricos o perspectivismo ameríndio e as produções da literatura brasileira, enquanto agenciadora de modos de existência não-eurocêntricos. Para tal, o percurso inicia com a descoberta das Américas, realizada por Cristóvão Colombo enquanto uma trajetória errante, e deságua na iminência de criar outros mundos possíveis e habitáveis, visto que este mundo, criado por incontáveis processos civilizatórios, encontra-se em estado terminal após projetos etnocidas e ecocidas. A metodologia utilizada foi a de revisão de literatura, com o estabelecimento de uma literatura comparada entre as áreas da psicologia analítica, antropologia pós-estrutural e demais produções literárias. Ao fim do estudo, apresenta-se um novo modo de fazer-alma, bem como de resgate da pedra angular sobre a qual a psicologia analítica foi erigida: a alteridade.
Downloads
Referências
Ambra, P. (2016). A psicanálise é cisnormativa? Palavra política, ética da fala e a questão do patológico. Revista Periódicus, 1(5), 101-120. https://doi.org/10.9771/peri.v1i5.17179.
Andrade, O. D. (2017). Manifesto antropófago e outros textos (J. Schwartz, & G. Andrade, organizadores). São Paulo: Companhia das Letras.
Artaud, A. (1947). Van Gogh: le suicide de la société. Paris: K Éditeur.
Artaxo, P. (2014). Uma nova era geológica em nosso planeta: o Antropoceno?. Revista USP, (103), 13-24. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i103p13-24.
Bolaño, R. (2010). 2666. São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 2004).
Brum, E. (2016, 25 de abril). Tupi or not to be. El País. Recuperado em 21 de fevereiro de 2020, de https://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/25/opinion/1461595521_717873.html.
Brum, E. (2019). Brasil, construtor de ruínas: um olhar sobre o país, de Lula a Bolsonaro. Porto Alegre: Arquipélago Editorial.
Césaire, A. (2010). Discurso sobre o colonialismo. Florianópolis: Letras Contemporâneas.
Clark, L. (2015). Caminhando. Recuperado em 21 de fevereiro de 2020, de http://www.lygiaclark.org.br. (Trabalho original publicado em 1964).
Corbin, H. (1972). Mundus imaginalis: or the imaginary and the imaginal. In Analytical Psychology Club of New York, Spring: an annual of Archetypal Psychology and Jungian Thought (pp., 1-19). [New York]: Analytical Psychology Club.
Cortázar, J. (2019). O jogo da amarelinha. São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1963).
Danowski, D., & Viveiros de Castro, E. (2014). Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis: Cultura e Barbárie Editora.
Deleuze, G., & Guattari, F. (2010). O anti-édipo: capitalismo e esquizofrenia 1 (1a ed.). São Paulo: Editora 34. (Trabalho original publicado em 1972).
Fanon, F. (2008). Pele negra, máscaras brancas. [Salvador]: Editora EDUFBA. (Trabalho original publicado em 1952).
Fanon, F. (1979). Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. (Trabalho original publicado em 1961).
García-Márquez, G. (2019). Cem anos de solidão. Rio de Janeiro: Editora Record. (Trabalho original publicado em 1967).
Hillman, J. (1981). Estudos de psicologia arquetípica. Rio de Janeiro: Achiamè.
Hillman, J. (2010). Re-vendo a psicologia. Petrópolis, RJ: Editora Vozes. (Trabalho original publicado em 1975).
Hillman, J. (2010). Ficções que curam: psicoterapia e imaginação em Freud, Jung e Adler. Campinas: Verus Editora. (Trabalho original publicado em 1983).
Hillman, J., & Ventura, M. (1995). Cem anos de psicoterapia e o mundo está cada vez pior. São Paulo: Grupo Editorial Summus. (Trabalho original publicado em 1992).
Jung, C. G. (2011). Psicologia e alquimia. Petrópolis, RJ: Editora Vozes. (Trabalho original publicado em 1944).
Jung, C. G. (2011a). Psicogênese das doenças mentais. Petrópolis, RJ: Editora Vozes. (Trabalho original publicado em 1960).
Jung, C. G. (2011b). A natureza da psique. Petrópolis: Editora Vozes. (Trabalho original publicado em 1960).
Kafka, F. (1997). A metamorfose. São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1915).
Kafka, F. (1997). O processo. São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1925).
Krenak, A. (2019). Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras.
Kopenawa, D., & Albert, B. (2015). A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Editora Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 2010).
Lévi-Strauss, C. (1995). Tristes trópicos. São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1955).
Mann, C. C. (2012). 1493: a descoberta do novo mundo que Cristovão Colombo criou. Lisboa: Leya.
Marx, K. (1997). O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Moraes, M. J. D. (2017). Desobediência epistemológica: Ubuntu e Teko Porã: outros possíveis a partir da desconstrução. In A. Correia, S. T. Marques, C. V. Silva, & D. E. Nigro, organizadores, Filosofia francesa contemporânea (pp. 70-81). São Paulo: ANPOF. (Coleção XVII Encontro ANPOF).
Nodari, A. (2019). Limitar o limite: modos de subsistência. Ilha Revista de Antropologia, 21(1), 68-102. https://doi.org/10.5007/2175-8034.2019v21n1p68.
Oiticica, H. (1973). Brasil diarréia. In F. Gullar, coordenação, Arte brasileira hoje (pp. 147-149). Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Rezende, N. (1993). A semana de arte moderna. São Paulo: Editora Ática.
Rolnik, S. (2018). Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 Edições.
Spivak, G. C. (2010). Pode o subalterno falar?. Belo Horizonte: Editora UFMG. (Trabalho original publicado em 1985).
Valentim, M. A. (2018). Extramundanidade e sobrenatureza: ensaios de ontologia infundamental. Florianópolis. Cultura e Barbárie.
Viveiros de Castro, E. (2017). Reprodução de aula pública: os involuntários da pátria. Aracê: Direitos Humanos em Revista, 4(5), 187-193.
Viveiros de Castro, E. (2018). Metafísicas canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: n-1 Edições.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Self adota a licença Creative Commons “Atribuição 4.0 Internacional”, classificada como Licença de Cultura Livre, que permite a cópia e distribuição dos trabalhos publicados em qualquer meio ou formato e permite que outros transformem, façam adaptações ou criem obras derivadas para todos os usos, mesmo comercial, desde que seja dado o devido crédito à publicação. Mais detalhes em http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/.
Ao submeterem trabalhos para a revista, os autores aceitam os termos desta licença e concordam em ceder os direitos autorais do manuscrito para a publicação. Junto com o trabalho, os autores devem enviar o documento de transferência de direitos autorais devidamente assinado.