150 anos de Jung
reflexões sobre clínica e coletividade na psicologia analítica
DOI:
https://doi.org/10.21901/2448-3060/self-2025.vol-10.248Palavras-chave:
Psicologia junguiana, individuação, sofrimento psíquico, prática clínica, Jung, Carl Gustav, 1875-1961Resumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre os 150 anos de nascimento de Carl Gustav Jung, no contexto de sua contribuição à escuta clínica e à subjetividade contemporânea. Baseada em uma abordagem teórico-reflexiva, a partir das Obras Completas e em autores junguianos e pós-junguianos, o texto articula os conceitos de Self, individuação, sombra e símbolo com os desafios atuais da psicologia clínica junguiana. Em um mundo marcado pela lógica da performance, da medicalização e da aceleração subjetiva, a psicologia analítica apresenta-se como caminho de resistência e reconexão com a interioridade. Defende-se que a individuação não é um projeto de aperfeiçoamento do ego, mas um processo simbólico de transformação psíquica, frequentemente iniciado pelo sintoma. A clínica junguiana é apresentada como campo de mutualidade, onde o vínculo entre analista e paciente torna-se espaço de verdade, implicação e alteridade. Por fim, a escuta da alma é resgatada como gesto político e existencial no cuidado com o sofrimento.
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